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Título: CARATERIZAÇÃO NUTRICIONAL E FUNCIONAL DE TRÊS VARIEDADES PORTUGUESAS DE FIGO DE PITEIRA
Autores: Miranda, Sofia Alexandra Duarte
Palavras-chave: Opuntia
Caracterização nutricional
Compostos fenólicos
Betalaínas
Actividade antioxidante
Data: 2014
Resumo: Introdução: A piteira (Opuntia spp.) é uma planta xerófila que produz frutos designados de figo de piteira. Este fruto é particularmente interessante devido à sua composição nutricional e presença de compostos com atividade antioxidante. Em Portugal, a piteira é encontrada de forma subespontânea, e nos últimos anos a produção à escala industrial tem adquirido mais destaque, existindo ainda pouca informação sobre os frutos autóctones. O género Opuntia exibe uma grande variabilidade entre espécies e a composição do fruto é por sua vez influenciada pelas condições edáficas e climáticas. O presente projeto de investigação tem como objetivo a caraterização nutricional e funcional de três variedades de figo de piteira autóctones de Tavira. Metodologia: Foram avaliadas três variedades de figo de piteira identificadas como figo verde, figo laranja e figo roxo. Foi realizada uma caraterização morfológica onde se determinou a massa, comprimento, largura e a proporção entre pele, polpa e sementes. A caraterização nutricional foi feita através da determinação do teor de humidade, cinzas, proteína bruta, gordura bruta, fibra bruta total e teor de fósforo. Já a caracterização funcional incidiu na determinação do teor de compostos fenólicos totais (CFT), teor de betalaínas e o ensaio FRAP para avaliação da atividade antioxidante. Foi ainda determinado o perfil de compostos fenólicos por HPLC-DAD. Resultados e Discussão: As dimensões do figo verde e laranja são semelhantes a espécies de O. ficus-indica, enquanto o figo roxo assemelha-se a O. stricta. O figo roxo é o mais útil para extração de óleo da pele e sementes, enquanto o figo verde e laranja são os mais rentáveis para extração de polpa. Apenas é vantajoso processar o fruto inteiro na variedade roxa devido à diminuição do teor de humidade e aumento do teor de sólidos totais. O figo roxo apresenta o maior teor de humidade, o menor teor de hidratos de carbono totais e o menor valor energético, havendo também diferenças significativas ao nível do teor de proteína bruta entre esta variedade e o figo verde. O extrato metanólico do figo roxo apresenta o maior teor de CFT e o sumo regista o maior teor de betacianinas e betaxantinas, e a maior atividade antioxidante através do ensaio FRAP comparativamente às outras variedades estudadas. Há correlações positivas fortes entre a atividade antioxidante do sumo e o teor de betalaínas, seguida do teor de compostos fenólicos. O perfil de CFT confirma que cada variedade possui diferentes compostos fenólicos, quer em quantidade, quer em natureza química. Conclusão: O figo de piteira roxo é a variedade mais interessante do ponto vista nutricional e funcional. Contudo as outras variedades também demonstraram quantidades relevantes de compostos funcionais. Todos os figos de piteira estudados demonstraram serem rentáveis para processamento industrial, porém com diferentes aplicações.
URI: http://hdl.handle.net/10884/866
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