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http://hdl.handle.net/10884/766
Título: | Influência da recessão económica nos padrões de consumo alimentar de uma população urbana Portuguesa |
Autores: | Couto, Ana Margarida Marin da Costa |
Palavras-chave: | Crise económica Nível socioeconómico Diminuição do consumo de alimentos |
Data: | 6-Mai-2013 |
Resumo: | Introdução: O clima de elevada instabilidade económica que Portugal actualmente atravessa, tem reflexos em vários factores macroeconómicos característicos de uma recessão, nomeadamente na diminuição dos orçamentos familiares. A relação inversa entre o nível socioeconómico e a qualidade da dieta tem sido objecto de extensa investigação. As famílias com menores rendimentos tendem a optar por alimentos mais baratos, com uma maior densidade energética ao invés de alimentos mais saudáveis como hortícolas e frutos altamente nutritivos. Objectivos: Avaliar a existência de uma relação causa-efeito entre a presente crise económica e uma alteração de padrões de aquisição e consumo alimentar, nomeadamente na diminuição do consumo de grupos de alimentos, na substituição de alimentos, optando por outros mais baratos e na consideração exclusiva do preço na aquisição de bens alimentares por parte de uma população urbana portuguesa. Métodos: O estudo baseou-se na aplicação de questionários a uma amostra de 258 pessoas residentes nos concelhos de Cascais, Sintra e Lisboa. Estes questionários subdividiam-se em 3 secções: a primeira relativa às características sociodemográficas da amostra, a segunda relativa às características intrínsecas na aquisição dos produtos alimentares e a terceira relativa às implicações que a crise económica poderá ter na alimentação. Os dados adquiridos foram analisados no programa de análise estatística SPSS (Statistical Package for the Social Sciences, versão 19.0). Os testes estatísticos utilizados foram o teste de independência do Qui-Quadrado, a correlação bivariada e o cálculo do Odds Ratio. Resultados: Verificou-se uma elevada percepção dos efeitos da crise económica na amostra independentemente do orçamento. Quanto à influência da crise na dieta observa-se uma diferença significativa entre os grupos de orçamento mínimo (250-500 euros) e máximo (> 1500 euros). Os grupos de alimentos para os quais se verificou uma maior diminuição, independentemente do orçamento, foram o da “Carne e peixe” e das “Sobremesas/doces”. No entanto, esta diminuição em função do orçamento e também das habilitações literárias, é apenas significativa para o grupo dos “Vegetais/frutas”. Conclusão: Os indíviduos cujo orçamento familiar médio se encontra no intervalo entre 250 e 500 euros, estão sujeitos a maiores alterações na alimentação, nomeadamente na diminuição do consumo de hortícolas e frutos. |
URI: | http://hdl.handle.net/10884/766 |
Aparece nas colecções: | A CS/CN - Trabalhos Finais de Licenciatura |
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