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Título: Avaliação do Impacto do projeto Obesidade Zero ao nível do estado nutricional das crianças
Autores: Carvalho, Maria Ana
Rito, Ana
Breda, João
Palavras-chave: Estado nutricional
Crianças
POZ
Data: 2010
Citação: 14º Congresso Português de Obesidade Obesidade, DM, HTA e Dislipidemia – Ligações Perigosas
Resumo: A obesidade infantil constitui um dos mais sérios desafios de saúde pública, tendo atingido níveis epidémicos em vários países do Mundo. A sua prevenção e tratamento são prioritários. As intervenções em ambiente familiar de base comportamental que incorporam modificações ao nível da alimentação e da actividade física parecem ser as mais efectivas no controlo do peso corporal. A participação da comunidade constitui um eixo estratégico indispensável no combate a esta doença, apesar de serem escassos os projectos que assentam no desenvolvimento de respostas inovadoras às famílias com crianças com excesso de peso. Neste sentido, foi implementado um projecto inovador de base municipal, o Projecto Obesidade Zero (POZ), cujo principal objectivo foi desenvolver um programa de intervenção e abordagem do excesso peso e obesidade em crianças dos 6 aos 10 anos de idade em ambiente familiar. Métodos: Trata-se de um estudo quasi-experimental, multicêntrico, desenvolvido em 2009/2010 em cinco Concelhos do país (Melgaço, Mealhada, Cascais, Beja e Silves). O programa foi desenvolvido com articulação entre as cinco Câmaras Municipais e os respectivos Centros de Saúde e compreendeu as seguintes fases de desenvolvimento: 1) Consultas de Obesidade Infantil; 2) Workshops de Cozinha Saudável; 3) Sessões de Aconselhamento Alimentar em grupo; 4) Sessão Aconselhamento Alimentar dirigida às famílias. Resultados: Foram inscritas no programa 294 crianças com excesso de peso com uma média de idades de 8,62 anos. 157 (52,9%) eram do sexo feminino. 80,5% das crianças reduziram o seu percentil relativo ao IMC/idade (CDC, 2000) durante o período de intervenção. Em média registou-se uma redução do percentil 93,6 para o percentil 91,3, sendo as diferenças estatisticamente significativas (p<0,05). Conclusão: O POZ instituiu e fortaleceu parcerias multissectoriais, destacando-se o papel dos Municípios. Os resultados obtidos sugerem que intervenções de base comunitária e familiar parecem ter efeitos significativos ao nível da prevalência da obesidade infantil.
URI: http://hdl.handle.net/10884/488
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