As cadeias de Abastecimento Globais no Pós-pandemia

Abstract

A importância deste tema, prende-se com a necessidade de evitar ruturas de stock nas cadeias de abastecimento, tais como as que aconteceram com determinados produtos alimentares, em 2020 e 2021, e que se refletiu em escassez de produtos e inflação dos mesmos. O contributo neste trabalho residiu em, através de metodologia científica, identificar e hierarquizar as medidas preventivas mais relevantes que permitem responder a situações de crise tal com a que ocorreu com a pandemia desde 2020, ou como a que decorre em 2022 com escassez de materiais e elevada inflação. Assim, é dado aos gestores que trabalham com cadeias de abastecimento e logística, um portfolio de soluções a adotar com um nível de prioridade. Conseguimos auferir com alguma razoabilidade que apenas uma parte dessas empresas estão preparadas tecnologicamente para responder aos novos desafios das cadeias de abastecimento, uma vez que a incorporação de sistemas informáticos e integradores está longe de ser uma maioria do universo referido. Uma minoria das organizações inquiridas dispõe de mecanismos de prevenção na gestão das cadeias de abastecimento, uma vez que o número de organizações que detêm, por exemplo, manuais de risco e contingência, de software de previsão de vendas, ou até de simulação do impacto de disrupções na cadeia de abastecimento, é bastante reduzido. Atendendo aos resultados obtidos, e por ordem hierárquica de importância, o TOP 3 de medidas consideradas mais adequadas à prevenção de ruturas de stock em caso de disrupções da cadeia de abastecimento no setor alimentar em Portugal são: elaborar planos de contingência e risco; diversificar fornecedores (Dual Sourcing); e budget preventivo para Riscos (plafond em caso de crise).