DSpace Collection:http://hdl.handle.net/10884/1972024-01-08T15:41:44Z2024-01-08T15:41:44ZFamília Rural e Indústria. Mudança Social na Região de LeiriaLourenço, Nelsonhttp://hdl.handle.net/10884/3942016-04-06T17:00:31Z1991-01-01T00:00:00ZTitle: Família Rural e Indústria. Mudança Social na Região de Leiria
Authors: Lourenço, Nelson
Abstract: O objectivo deste estudo é a análise da articulação entre a família e a indústria, no contexto sa sociedade rural. A bibliografia portuguesa sobre o assunto é escassa. Os poucos estudos disponíveis têm um carácter ainda exploratório e quase sempre localizado, permitindo apenas questionar aspectos parciais da família rural, a partir de contextos sociais restritos.
Os sistemas familiares e a industrialização foram aqui considerados foram aqui considerados como elementos, que operam num quadro de interacções complexo e mutável e que não definem entre si uma relação de causalidade sistemática. Com efeito, a pesquisa empírica tem mostrado a impossibilidade de se afirmar a presença de uma relação estreita e directa entre a industrialização e a emergência de novos tipos de família. As descobertas recentes da história e da sociologia da família confirmam a coexistência, no tempo e no espaço, de padrões familiares diferentes, assim como a permanência, de elementos vulgarmente atribuídos à família tradicional. De igual modo, se considerou que os discursos sobre a crise da família, isto é, da sua desagregação e do seu empobrecimento, devido à diminuição das funções que exercia, relevam mais do campo das ideologias do que da análise sociológica. Na maioria das vezes, as angustiantes questões colocadas, sobre o presente e o futuro, são construídas tendo como referência uma família tradicional que talvez nunca tenha existido, senão na nostalgia da cultura ocidental, como recorda William Goode (1970).1991-01-01T00:00:00ZViolência na SociedadeLourenço, Nelsonhttp://hdl.handle.net/10884/3932016-04-06T17:00:28Z1991-01-01T00:00:00ZTitle: Violência na Sociedade
Authors: Lourenço, Nelson
Abstract: A violência está no horizonte da vida social. Embora esta afirmação possa parecer excessiva, ela pretende referenciar a natureza social da violência. Retém-se, assim, um aspecto hoje consensual na literatura científica sobre a violência: os comportamentos violentos e agressivos são o resultado de um processo de construção, no qual intervêm mecanismos psicológicos e sociais que regulam a sua aprendizagem.
Considerado ao nível individual ou interindividual, o acto violento é sempre uma transgressão do sistema normativo em vigor numa determinada sociedade. A complexidade da análise da violência - ou, de um modo mais preciso, dos comportamentos violentos - resulta, pois, do seu carácter social. A percepção do acto violento não é universal no quadro alargado da sociedade. Nem todos os indivíduos, nem todos os grupos, nem todos os estratos sociais, representam um mesmo comportamento do mesmo modo, percepcionando-o com a mesma carga valorativa, isto é, um mesmo acto pode ser representado, diferentemente, como não violento, violento ou muito violento. A percepção e a prática de actos violentos são, assim, marcados quer, utilizando o vocabulário da Sociologia, pela posição de classe quer pela história social dos indivíduos. Só deste modo é possível explicar o surgimento, no contexto das grandes cidades, de subculturas de violência, portadoras de valores que transgridem o sistema normativo aceite pela comunidade.1991-01-01T00:00:00ZRepresentações da Violência. Percepção social do grau, da frequência, das causas e das medidas para diminuir a violência em PortugalLourenço, NelsonLisboa, Manuelhttp://hdl.handle.net/10884/3922016-04-06T16:59:58Z1992-01-01T00:00:00ZTitle: Representações da Violência. Percepção social do grau, da frequência, das causas e das medidas para diminuir a violência em Portugal
Authors: Lourenço, Nelson; Lisboa, Manuel
Abstract: A primeira dificuldade a superar numa análise da violência reside certamente na própria definição do que é violência e muitas são as controvérsias entre os cientistas sociais sobre o significado deste termo. Embora adiante se volte a esta questão de precisar e definir os limites deste conceito, dir-se-à desde já que se defende aqui a idéia de que se vive num tempo social em que a noção de violência tem sido alargada e extensiva a actos e situações que historicamente, mesmo em épocas recentes, não eram considerados violentos. Esta extensão do seu significado, este neologismo por extensão (1), tem contribuido para a situação nebulosa em que se encontram os estudos sobre a violência e para a confusa utilização que se faz deste termo na linguagem pública e política actual.1992-01-01T00:00:00ZEm Terra de Tufões. Dinâmicas da Etnicidade MacaensePina Cabral, JoãoLourenço, Nelsonhttp://hdl.handle.net/10884/3912016-04-06T16:59:47Z1993-01-01T00:00:00ZTitle: Em Terra de Tufões. Dinâmicas da Etnicidade Macaense
Authors: Pina Cabral, João; Lourenço, Nelson
Abstract: Desde a sua fundação na Costa da China - há mais de quatro séculos - a minúscula cidade de Macau constituiu o único ponto de encontro a manter-se constante através dos reveses que marcaram o diálogo entre duas das civilizações mais diferenciadas do mundo. Os portugueses do Oriente - "macaenses" ou "filhos da terra" - são o produto de séculos de um diálogo cuja riqueza e benefício mútuo só podem ser avaliados à luz da assustadora intempestuosidade das recorrentes discordâncias: os "tufões" de que fala o título deste livro.
A enorme capacidade de adaptação e ressurgimento que têm caracterizado esta pequena população através da sua longa e tormentosa história é paradigmática. Por reduzido que o seu número nos possa parecer hoje, os macaenses continuam a constituir um dos vectores centrais da sociedade de Macau. Durante as duas últimas décadas de rápida e profunda mudança, eles demonstraram mais uma vez como são capazes de responder aos importantes desafios com que a história os tem confrontado.
A principal lição deste estudo para o cientista social é a de salientar a natureza contextual das identidades étnicas.1993-01-01T00:00:00Z